Em um dia como este, no ano de 1633, o chefe inquisidor e padre Vincenzo Maculano da Firenzuola, nomeado pelo Papa Urbano VIII, começava a julgar o físico e astrônomo Galileu Galilei. Contra ele pesava a acusação de heresia perante o Santo Ofício por defender a ideia de que a Terra gira em torno do Sol - naquela época, a Igreja pregava que o nosso planeta era o centro imóvel do Universo.
Esta foi a segunda vez que Galileu entrava em confronto com a Igreja: em 1616, ele já tinha sido proibido de defender suas crenças. No interrogatório de 1633, Galileu negou que ele "tivesse" a crença na visão de Copérnico, mas ele se defendeu dizendo que continuava a escrever sobre o assunto como um meio de "discussão" em vez de crença. Para a Igreja, contudo, o assunto não tinha o que ser debatido: a instituição já tinha decidido que o Sol se movia ao redor da Terra, um fato absoluto da Escritura que não poderia ser discutido, apesar de que os cientistas soubessem, havia séculos, que a Terra não era o centro do Universo.
O julgamento terminou em 22 de junho daquele ano. Galileu foi condenado por heresia, sendo proibido de ministrar seus ensinamentos. Ele passou o resto da vida em prisão domiciliar. Mais de 300 anos depois, a Igreja admitiu que Galileu estava certo e tirou o nome do cientista da lista de hereges.
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Imagem: Justus Sustermans [Public domain or Public domain], via Wikimedia Commons