Poeta e autor do clássico Canção do exílio, Antônio Gonçalves Dias morreu no dia 3 de novembro de 1864. Nascido em Caxias (MA), no dia 10 de agosto de 1823, Gonçalves Dias se orgulhava de ter no sangue as três etnias formadoras do povo brasileiro: a branca, do seu pai; e a indígena e negra, herdada da mãe, que era mestiça. Depois de iniciar os estudos em latim, francês e filosofia, ele partiu para a Europa, onde morou em Portugal em 1838. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, em 1840. Voltou ao Brasil em 1845 e, por conta do seu tempo longe do país, escreveu Canção do exílio e parte dos poemas de Primeiros cantos e Segundos cantos. Um ano após retornar ao Brasil, conheceu sua musa, Ana Amélia Ferreira Vale. Gonçalves Dias chegou a pedir a mão da moça em casamento, mas teve o pedido negado por causa de sua origem mestiça. Por conta disso, várias de suas peças românticas foram escritas para ela, incluindo Ainda uma vez Adeus. Depois de ter seu coração partido, Gonçalves Dias mudou-se para o Rio de Janeiro e se casou com Olímpia da Costa, de quem acabou se separando alguns anos depois. Em 1862, o poeta retornou à Europa para fazer um tratamento de saúde. Como não obteve resultados, decidiu voltar ao Brasil. A viagem foi no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira. Todos se salvaram, menos Gonçalves Dias, que, debilitado, não conseguiu sair do seu camarote a tempo.
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