No dia 25 de fevereiro de 1945 morria, em São Paulo, Mário Raul de Moraes Andrade, poeta, historiador, escritor, crítico de arte, fotógrafo, além de ser um dos fundadores do modernismo no Brasil. Com sua obra Paulicéia Desvairada (1922), ele exerceu grande influência na literatura do país, tornando-se figura importante no movimento de vanguarda de São Paulo por aproximadamente 20 anos. Nascido em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893, ele esteve fortemente envolvido na organização e realização da Semana da Arte Moderna, na capital paulista, compondo o Grupo dos Cinco, formado também por Oswald de Andrade com quem não possui parentesco, apesar do sobrenome similar -, Menotti del Picchia, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti. Alguns anos após a Semana de Arte Moderna, ele lançou o célebre romance Macunaíma, em 1928. Depois, seguiu publicando obras sobre música popular brasileira, poesia e outros temas. Morreu em sua casa, em São Paulo, aos 52 anos, vítima de um ataque cardíaco. Na época de sua morte, não houve muitas reações por conta das suas divergências com o regime do presidente Getúlio Vargas. Seu valor cultural só começou a ser redescoberto alguns anos após a sua morte.