No dia 19 de março de 1898 morria, na cidade de Sítio (MG), João da Cruz e Sousa, poeta e um dos pioneiros do movimento simbolista no Brasil. Também chamado de Dante Negro e Cisne Negro, ele foi vítima de tuberculose. Com seu livro Broquéis, publicado em 1893, deu início ao simbolismo no país. Seus poemas são marcados pela musicalidade, individualismo e também pela cor branca. Nascido na cidade de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), no dia 24 de novembro de 1861, ele era filho de ex-escravos negros. Cruz e Sousa, contudo, cresceu sob a tutela de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, de quem adotou o nome de família Sousa. A esposa de Guilherme, Clarinda, não tinha filhos, e, por isso, passou a cuidar de Cruz e Sousa. Desta forma, ele aprendeu francês, latim e grego, matemática e ciências naturais. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias. Cinco anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou no arquivo na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular.
Imagem: Mauricio Jobim [Domínio Público], via Wikimedia Commons