No dia 10 de fevereiro de 1931 nascia em Niterói, no Rio de Janeiro, Cauby Peixoto Barros, ou simplesmente Cauby Peixoto, cantor de música popular brasileira, conhecido pela sua voz grave e aveludada e também pelo estilo excêntrico das suas roupas e do seu cabelo. Ele chegou a ser considerado pelas revistas Time e Life como "O Elvis Presley brasileiro".
Eu sou o precursor do metrossexualismo brasileiro.
Gravou, desde 1951, em torno de 60 discos e mais de 20 CDs. Em 2002, foi lançada uma biografia autorizada, "O astro da canção", escrita pelo jornalista Rodrigo Faour. Cauby iniciou a carreira no início da década de 1950, apresentando-se em programas de calouros como a "Hora dos comerciários", na Rádio Tupi. Gravou seu primeiro disco, em 1951, com o samba "Saia branca", de Geraldo Medeiros, e a marcha "Ai, que carestia!", de Victor Simon e Liz Monteiro. Em 1952, mudou-se para São Paulo, onde cantou em boates e também se apresentou na Rádio Excelsior. Como tinha grande facilidade para interpretar canções em inglês, conseguiu fazer sucesso no mercado norte-americano. Convidado para uma excursão aos EUA, gravou com o nome artístico de Ron Coby um LP com a orquestra de Paul Weston. Em 1957, Cauby foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma canção de rock em português, "Rock and Roll em Copacabana", composta por Miguel Gustavo. Ele ainda gravaria "Enrolando o Rock", mas sua passagem pelo gênero se encerraria ali.
Prefiro cantar do que amar. Casei com a carreira, sou autossuficiente e me basto.
Uma exceção aconteceu em 1985, quando cantou um rock-bolero chamado "Romântica", juntamente com a banda Tokyo, do cantor Supla. Em 1959, realizou uma temporada de 14 meses nos EUA, onde apareceu na televisão e gravou, em inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o nome de "I go". Em uma terceira visita aos EUA, participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Na década de 60, realizou shows em diversas boates e clubes. Nos anos 70, fez apresentações em programas de TV no Rio de Janeiro e também curtas temporadas em casas noturnas do Rio e de São Paulo. Em 1980, quando completou 25 anos de carreira, lançou o disco Cauby, Cauby, com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso, Chico Buarque, Tom Jobim, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Se tivesse perdido a voz, teria me suicidado.
Em 1982, lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores em disco. Seis anos depois, participou do LP duplo "Há sempre um nome de mulher", para a Campanha do Aleitamento Materno. Em 1993, foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio Sharp. Em 1998, foi lançado o CD 20 super sucessos - O professor da MPB - Cauby Peixoto. Em 2010, gravou o seu primeiro trabalho em Blu-ray, com o show "Cauby canta Sinatra", onde interpretou músicas imortalizadas na voz do cantor norte americano. Nos últimos anos de carreira, Cauby se apresentava regularmente no Bar Brahma, localizado na famosa esquina da av. Ipiranga com a São João, no centro de São Paulo. O artista morreu em 15 de maio de 2016, aos 85 anos, em São Paulo, vítima de uma pneumonia.