No dia 2 de abril de 1910, nascia em Pedro Leopoldo (MG), Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, apontado como um dos maiores nomes do Espiritismo. Ele foi batizado com o nome de Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento. Chico Xavier mudou para o seu nome paterno assim que começou com suas primeiras psicografias. A alteração foi oficializada em 1966, após uma viagem aos Estados Unidos.
Ao longo de sua vida, o líder espiritual escreveu mais de 400 livros, porém nunca assumiu a autoria de obra alguma, já que que afirmava que apenas reproduzia o que os espíritos lhe falavam. Suas obras foram traduzidas para o mundo todo. O lucro com a venda dos livros era doado para a Federação Espírita Brasileira. Seu primeiro livro, publicado em 1932, foi "Parnaso de Além-Túmulo".
Chico Xavier também psicografou em torno de dez mil cartas “de mortos para suas famílias” e nunca cobrou nada por isso. Seus relatos do além chegaram a servir como provas em julgamentos. Em 1979, um homem acusado de assassinar o seu melhor amigo foi libertado porque o juiz aceitou uma declaração de testemunho do amigo morto, que comunicou por Chico Xavier. A vítima disse, via o médium, que seu amigo era inocente. Além disso, a identidade do verdadeiro assassino foi revelada.
A importância e fama de Chico Xavier eram tamanhas, que ele era visitado por políticos, celebridades e virou tema de filmes. Em 1981 e em 1982, Chico Xavier foi indicado para o Premio Nobel da Paz.
O médium também fez uma previsão sobre a sua morte. Disse que deixaria esse mundo em um dia de grande felicidade para o Brasil para que sua perda não fosse tão sentida. Ele morreu no dia 30 de junho de 2002, em Uberaba (MG), aos 92 anos. Nesta data, a seleção brasileira de futebol conquistava o título de pentacampeã da Copa do Mundo.
Após sua morte, a casa em que Chico Xavier morou entre 1948 e 1959 e sua residência entre 1959 e 2002 foram transformadas em museus sem fins lucrativos. Além disso, o interior da Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo, onde ele trabalhou como datilógrafo, entre 1930 e o final dos anos 50, também foi transformado em um memorial em sua homenagem.
Imagem: Geraldinho Lemos [CC0], via Wikimedia Commons