Agência Espacial Europeia estuda o envio de humanos em hibernação para Marte
O envio de humanos ao planeta Marte é um desafio de proporções gigantescas. A viagem poderia demorar 200 dias somente de ida. Além disso, é preciso pensar na habitabilidade da nave e no armazenamento de alimentos para toda a travessia. Agora, a Agência Espacial Europeia (ESA) elaborou um plano para uma uma missão hipotética na qual os astronautas poderiam viajar ao planeta vermelho em estado de hibernação.
Para que o envio de humanos em hibernação a Marte seja possível em 20 anos, a agência traçou todo um projeto. “Trabalhamos para ajustar a arquitetura da nave espacial, sua logística, proteção contra a radiação, consumo de energia e planejamento geral da missão”, afirmou o engenheiro Robin Biesbroek. Nesse sentido, descobrimos que a nave pode reduzir seu tamanho em um terço, apenas eliminando os habitáculos para a tripulação. Os produtos consumidos também seriam reduzidos em uma proporção similar.
O estado de hibernação seria induzido com a administração de medicamentos, e permitiria que os astronautas ficassem mais protegidos contra a radiação de partículas de alta energia. “Nosso objetivo é elaborar sobre isso no futuro, pesquisando as vias cerebrais que se ativam ou bloqueiam durante o início da hibernação, começando com os animais e passando às pessoas”, concluiu Biesbroek.
O plano considerou o envio de seis humanos a Marte. Antes de entrar em hibernação, a equipe teria que ganhar peso, como acontece animais em estado de hibernação. Além disso, os astronautas passariam por um período de recuperação de 21 dias depois de acordarem para dar tempo um tempo de recuperação ao organismo. Outro desafio em qualquer missão que envolva hibernação humana é que ela deve ser amplamente automatizada e equipada com um sistema de inteligência artificial que possa lidar com questões técnicas até que a tripulação possa ser revivida.
Módulo habitacional padrão comparado a um módulo de hibernação
Fonte: Newsweek e ABC
Imagens: Shutterstock.com e NASA/Reprodução