Agência meteorológica dos EUA emite alerta de tempestade solar que pode afetar a Terra
Um alerta de tempestade solar foi emitido pelo Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica (NOAA/NWS) dos Estados Unidos. O fenômeno pode afetar a Terra entre os dias 9 e 11 de dezembro. O evento coincide com o início do novo ciclo solar, período de 11 anos que o Sol leva para inverter a polaridade de seu campo magnético.
O alerta foi emitido após uma grande explosão solar do tipo C ter acontecido no início desta semana. Com isso, houve uma ejeção de massa coronal (EMC) que provavelmente atingirá a Terra. Em um boletim de observação, o NOAA/NWS alertou que a tempestade pode causar efeitos em satélites de órbita terrestre baixa, afetando sua orientação e navegação. A tempestade solar também deve proporcionar um grande show de luzes com as auroras que ocorrem nas maiores latitudes.
O novo ciclo solar, chamado de Ciclo Solar 25, começou recentemente. De acordo com os pesquisadores, a explosão no Sol registrada nesta semana foi a maior dos últimos três anos. O NOAA/NWS projeta um ciclo menos ativo do que o normal, mas mesmo ciclos solares pouco ativos podem produzir grandes explosões.
O Sol gera um poderoso campo magnético que passa por ciclos de aproximadamente 11 anos. No final desse período, a polaridade desse campo muda, o que significa que os polos norte e sul se invertem. Os pesquisadores se referem ao final deste ciclo como um mínimo solar, o período de menor atividade. O meio do ciclo, o máximo solar, por outro lado, é um período de alta atividade. O último mínimo solar ocorreu em 2009.
O Ciclo Solar 25 deverá atingir seu pico em julho de 2025. É quando as manchas solares serão mais numerosas. Qualquer uma delas pode produzir erupções e ejeções de massa coronal capazes de afetar a Terra. Entre as consequências mais importantes desse fenômeno, destaca-se uma violenta liberação de radiação eletromagnética, que pode afetar o funcionamento de satélites, sistemas GPS, rádio e comunicação, centrais elétricas e segurança na aviação.
Fontes: MetSul, NOAA/NWS e Washington Post
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