Apesar da atividade humana, estudo indica que oceanos estão se recuperando
Um estudo recente publicado pela revista Nature demonstra que as políticas e estratégias adotadas ao redor do mundo contra a poluição do meio ambiente geraram uma notável restauração da vida nos oceanos. A pesquisa, no entanto, também alerta sobre as ações que ainda são necessárias para barrar as drásticas consequências das mudanças climáticas. A pesquisa aponta as medidas necessárias para que até 2050 os mares atinjam uma recuperação ainda maior.
O estudo, chamado “Reconstruindo a vida marinha”, destaca o exemplo das baleias jubarte, cuja população, estimada em algumas centenas de indivíduos por volta de 1968, quando a pesca a esses cetáceos foi proibida, aumentou para mais de 40 mil exemplares. Da mesma forma, a população de elefantes-marinhos-do-norte passou de cerca de 20 espécimes, em 1880, para mais de 200 mil.
"Nosso estudo documenta a recuperação de populações marinhas, habitats e ecossistemas após intervenções de conservação. Ele fornece recomendações específicas baseadas em evidências para adotar em larga escala soluções comprovadas globalmente", disse Carlos Duarte, da King Abdullah University of Science and Technology, instituição que liderou a pesquisa.
O estudo também destaca uma migração lenta, mas contínua, em direção à pesca sustentável e à queda brusca da destruição de habitats naturais, como prados e manguezais. Por outro lado, há evidências de aumento da poluição plástica nos oceanos, bem como da falta de medidas para mitigar as consequências do aquecimento global.
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