Nossa galáxia pode estar repleta de civilizações mortas
Se já houve civilizações extraterrestres na Via Láctea, grande parte delas estão provavelmente mortas. Ao menos é isso que diz um estudo assinado por cientistas do Jet Propulsion Laboratory, da NASA, sediado no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Para a pesquisa, os especialistas se basearam em uma versão ampliada da famosa equação de Drake, que, em 1961 tentou determinar as possibilidades de se encontrar vida extraterrestre na galáxia. No entanto, a interpretação atualizada é mais prática que a original, e consegue prever onde e quando há mais probabilidade de ocorrência de vida na Via Láctea.
Os autores analisaram uma série de fatores que podem identificar o desenvolvimento da vida inteligente. Entre eles, estão a prevalência de estrelas semelhantes ao Sol que abrigam planetas similares à Terra; a frequência de supernovas expelindo radiação maligna; o tempo necessário para a vida inteligente evoluir; e a possível tendência das civilizações avançadas de se autodestruir.
Levando em conta esses fatores, os cientistas estimam que a probabilidade de surgimento de vida na Via Láctea atingiu seu pico oito bilhões de anos após a formação da galáxia, a uma distância de 13 mil anos-luz do centro galáctico. A Terra, em comparação, está a cerca de 25 mil anos-luz do centro galáctico, e a civilização humana surgiu na superfície do planeta cerca de 13,5 bilhões de anos após a formação da Via Láctea (embora formas simples de vida tenham surgido logo após a formação do planeta).
Caso ainda haja outras civilizações na galáxia atualmente, elas são possivelmente jovens, devido à probabilidade de que a vida inteligente se extinga em longas escalas de tempo. Mesmo que a galáxia tenha atingido seu pico civilizacional há mais de 5 bilhões de anos, a maioria das civilizações que existiam naquela época provavelmente se autoaniquilaram, segundo os pesquisadores. "Se a vida inteligente tem probabilidade de se autodestruir, não é surpreendente que haja pouca ou nenhuma vida inteligente em outros lugares", diz o estudo, que tem entre seus autores o astrofísico Jonathan H. Jiang, do Jet Propulsion Laboratory.
Fontes: Live Science, IGN e ABC
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