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Varíola do macaco: quais são os sintomas, como se transmite e qual é o tratamento

Muitos casos estão sendo reportados em diversas regiões do mundo, incluindo um caso suspeito na América do Sul
Por History Channel Brasil em 25 de Maio de 2022 às 20:27 HS
Varíola do macaco: quais são os sintomas, como se transmite e qual é o tratamento-0

A varíola do macaco é uma doença endêmica em diversos países do continente africano, que há algumas semanas começou a ser detectada também em outras regiões do mundo, embora sem evidenciar vínculos epidemiológicos. Na América do Sul, um caso suspeito está sendo investigado na Argentina. Após terem sido verificados casos da doença nos Estados Unidos e na Europa, a população começou a se perguntar sobre seu modo de contágio, quais sintomas provoca e se existem vacinas e tratamentos.

O que é a varíola do macaco?

Em entrevista ao jornal Clarín, Arnaldo Casiró, chefe de infectologia do Hospital Álvarez, na Argentina, explicou que a varíola do macaco é uma infecção viral da família dos poxvírus. “É uma varíola semelhante à humana, que se manifesta com lesões na pele semelhantes a bolhas, que geralmente aparecem no rosto e nas palmas das mãos e pés e podem depois se espalhar para o resto do corpo”, explicou o especialista, acrescentando que os sintomas podem incluir febre, tosse e dor de cabeça.

Varíola do macaco

“Seu contágio se dá por via oral, pelas secreções ao tossir ou espirrar, como a COVID, embora também seja transmitida por contato sexual ou com as lesões cutâneas com pele machucada”, destacou o médico, afirmando, ainda, que a incubação pode durar entre uma e duas semanas. Casiró explicou que a varíola do macaco “está presente na África central e ocidental e, de vez em quando, havia casos também na Europa, embora fossem de pessoas que haviam visitado a África. Agora, chama a atenção o número de infectados nesse continente sem antecedentes de viagem”. 

O especialista destacou que os casos registrados na Europa e nos Estados Unidos são da variante mais benigna, a ocidental, cuja taxa de mortalidade é de aproximadamente 1%, e que o indicado, do ponto de vista clínico, é o isolamento por pelo menos 15 dias e até que as lesões cutâneas desapareçam.  “Na grande maioria dos casos, com o passar dos dias, o quadro se autolimita e a pessoa se cura”, garantiu Casiró, acrescentando que, apesar disso, alguns medicamentos podem ser indicados para tratar a febre ou a inflamação. 

Fontes
Clarín
Imagens
iStock