4 fatores que levaram ao declínio do Antigo Egito
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O Antigo Egito, uma das civilizações mais poderosas e influentes da história, passou por um declínio significativo a partir do Novo Império, que durou de 1550 a 1070 a.C. Durante o auge de seu poder, sob o comando de faraós como Tutancâmon, Tutemés III e Ramsés II, o Egito controlava vastos territórios que se estendiam desde o atual Egito até a Península do Sinai e Canaã. No entanto, uma série de eventos acabou enfraquecendo esse império milenar. Confira abaixo quatro desses fatores:
Assassinato de Ramsés III
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O assassinato de Ramsés III, em 1155 a.C., marcou o início do declínio egípcio. O Egito enfrentou uma seca prolongada que durou séculos, acompanhada de crises econômicas e invasões estrangeiras. Os ataques dos chamados "Povos do Mar", um grupo de invasores cujas origens permanecem incertas, pressionaram ainda mais a estabilidade do império. Embora Ramsés III tenha repelido esses invasores em 1177 a.C., sua morte violenta por uma conspiração interna simbolizou o começo do fim para o poder egípcio.
Colapso da Idade do Bronze
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Além das invasões e assassinatos, o colapso da Idade do Bronze no Mediterrâneo trouxe sérias consequências para o Egito. A região inteira sofreu com uma "megaseca" e a quebra das redes comerciais internacionais, que outrora eram robustas. A escassez de alimentos e a luta pelo poder interno agravaram a situação, levando a uma rápida decadência na influência do Egito como potência mundial.
Falta de recursos financeiros
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A saúde pública e os recursos também contribuíram para o declínio. Acredita-se que o faraó Ramsés V tenha morrido de varíola, uma doença que, junto com outras pestes, pode ter devastado a população egípcia. Além disso, o Egito perdeu o controle de minas vitais de cobre e turquesa na Península do Sinai, o que enfraqueceu ainda mais sua economia e capacidade militar.
Governantes estrangeiros
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Por fim, a perda da independência egípcia foi consolidada pela sucessão de governantes estrangeiros, começando com os líbios e seguindo com os núbios, assírios, persas, gregos e romanos. Cada um desses povos contribuiu para a fragmentação do poder egípcio, e a conquista de Cleópatra por Roma em 30 a.C. selou o destino do Antigo Egito como uma província do Império Romano, encerrando definitivamente sua era de grandeza.