Análise de múmia egípcia revela avançado tratamento odontológico
Ao analisar uma múmia egípcia do período ptolomaico, especialistas gregos tiveram uma surpresa. Uma tomografia computadorizada revelou a presença de uma obturação dentária. Esse tratamento milenar comprovaria o alto grau de avanço médico que a civilização egípcia já possuía.
A múmia estudada, de um alguém que morreu de causas desconhecidas, pertence ao acervo do Museu de Atenas. Os restos mortais foram encontrados na cidade de Akhmim e datam de um período entre os anos 150 e 30 a.C. Segundo os pesquisadores, em um dente da múmia havia uma cavidade porosa preenchida com uma espécie de pasta que servia de obturação.
O estudo conseguiu identificar alguns dos ingredientes naturais usadas nessa pasta: cominho, mirra, resina e lótus azul. Os pesquisadores explicaram que as cáries não eram frequentes no passado, mas, com a introdução dos carboidratos na alimentação, isso mudou.
Estudos anteriores já haviam apontado evidências de tratamentos dentários feitos no Egito Antigo. O dentista mais antigo de que se tem notícia era um homem chamado Hesi-Rá. Oficial, médico e escriba, ele serviu ao Faraó Djoser durante a Terceira Dinastia do Egito (2686 a.C – 2613 a.C.).
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