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"Arma mortífera de destruição" de milhares de anos é recuperada do fundo do mar

O artefato teria sido usado na batalha naval das ilhas Egadas, travada no ano 241 a.C., durante a Primeira Guerra Púnica
Por History Channel Brasil em 02 de Setembro de 2024 às 12:03 HS
"Arma mortífera de destruição" de milhares de anos é recuperada do fundo do mar-0

Uma equipe de pesquisadores descobriu um aríete romano no fundo do mar Mediterrâneo, próximo às costas das ilhas Egadas, na Itália. Segundo informou a Superintendência do Mar da Sicília, o artefato, que data de mais de 2.200 anos, foi recuperado utilizando um submarino de águas profundas. Este esporão de bronze, que fazia parte de um antigo navio de guerra, estava a uma profundidade de 80 metros.

Primeira Guerra Púnica

O aríete encontrado teria sido utilizado na batalha naval das ilhas Egadas, um confronto decisivo travado no ano 241 a.C. entre as frotas de Roma e Cartago durante a Primeira Guerra Púnica. Esta guerra, que durou 23 anos, culminou com a rendição de Cartago, situada no atual território da Tunísia. Os aríetes, considerados "armas mortíferas de destruição", eram colocados nas proas dos navios de guerra para arremeter e afundar as embarcações inimigas.

O artefato agora guardado na ilha de Favignana, apresenta um relevo ornamental que representa um capacete romano de Montefortino com três penas na parte frontal, um design característico das tropas romanas da época. Esta descoberta adiciona um valioso artefato à história militar romana e proporciona um vínculo tangível com a batalha naval que mudou o curso da história.

Essa descoberta não é um fato isolado; nos últimos 20 anos, foram encontrados na mesma região 27 aríetes semelhantes, junto com 30 capacetes romanos e duas espadas. Esses achados destacam a importância dessa região como um sítio arqueológico chave para o estudo da história militar romana e da Guerra Púnica.

Fontes
Ancient Origins
Imagens
Superintendência do Mar da Sicília/Divulgação