Arqueólogos descobrem mansão de 21 quartos que revela a vida luxuosa do Antigo Egito
Uma surpreendente descoberta arqueológica, realizada próxima das pirâmides de Gizé, dá indícios de como era a vida de luxo de alguns setores da sociedade egípcia. Liderado por Richard Redding, chefe de Pesquisas do Ancient Egypt Research Associates, um grupo de pesquisadores encontrou restos de uma estrutura parecida com uma mansão, de cerca de 4.500 anos de idade. No local também foram descobertos ossos de jovens bovinos e dentes de leopardo. Esses e outros elementos apontam para um estilo de vida bastante luxuoso, digno de um membro da realeza.
Próximo da casa de 21 quartos foram encontrados ainda selos de funcionários de alta patente que visitavam ou viviam na propriedade e que exerciam funções como “escriba da caixa real” ou “escriba da escola real”.
O chefe das pesquisas não escondeu sua incredulidade diante da descoberta dos restos de animais ao afirmar que “quase todos os bovinos encontrados tinham menos de 10 meses”. Ou seja, os moradores se alimentavam de carne de vitela, um hábito de luxo para a época.
Os dentes de leopardo, no entanto, ainda representavam um mistério para os pesquisadores. Para decifrá-lo, Reddings tentou encontrar pistas nos desenhos do Império Antigo (período entre 2.649 e 2.150 a.C). Ele identificou figuras de membros da família real vestindo peles de leopardo, inclusive a cabeça. A conclusão é de que as peles podem ter sido utilizadas como enfeites pessoais. Os achados foram divulgados no último mês de janeiro.