Arqueólogos encontram espada viking milenar no túmulo de um guerreiro na Noruega
Uma espada viking foi encontrada por arqueólogos no túmulo de um guerreiro no vilarejo de Vinjeøra, na Noruega. Estima-se que o artefato tenha cerca de 1.100 anos. No local também estavam enterrados um machado, uma lança e um escudo.
A arqueóloga Astrid Kviseth teve o privilégio de ser a primeira pessoa a tocar na espada após mais de mil anos. “Estou um pouco surpresa com o quão pesada ela é. Eu não sei exatamente qual deveria ser seu peso, mas é bem robusta. Você teria que ser muito forte para conseguir brandir esta espada!", afirmou.
O túmulo foi encontrado durante obras de expansão de uma estrada. A escavação revelou que no passado o local abrigou uma fazenda e um cemitério viking. A descoberta permite especular a respeito do dono da espada. “O fato de ele ter sido enterrado com um conjunto completo de armas nos diz que ele era um guerreiro. Na época dos vikings e no início da Idade Média, a maioria dos guerreiros eram homens livres que possuíam suas próprias fazendas”, disse Raymond Sauvage, arqueólogo do Museu da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.
“O que torna este túmulo um pouco especial é que a espada está no que presumimos ser o lado esquerdo do falecido”, diz Sauvage. Segundo os especialistas, isso é inusitado, pois as espadas normalmente eram colocadas no lado direito do corpo dos guerreiros mortos. O costume é um pouco estranho, pois vivos os guerreiros carregavam a espada presa ao lado esquerdo para poder puxá-la com a mão direita.
“Por que as espadas quase sempre são colocadas do lado direito é um pouco misterioso. Uma teoria diz que os mundos subterrâneos para os quais você vai após a morte são a imagem espelhada do mundo superior”, diz Sauvage. Mas o que explica o fato de o guerreiro em questão ter sido enterrado com a espada no lado esquerdo de seu corpo? “Talvez ele fosse canhoto e eles levaram isso em consideração para sua vida após a morte? É difícil dizer”, afirmou Sauvage.
Fonte: Science Norway
Imagens: Ellen Grav Ellingsen/Museu da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, via Science Norway