Arqueólogos fazem descoberta "excepcional" de tumbas no Egito
Durante escavações na antiga cidade de Aswan, no Egito, uma equipe internacional de arqueólogos encontrou 33 tumbas que datam do final dos períodos greco-romanos (entre os séculos VII a.C. e IV d.C.). Algumas delas ainda contêm partes de múmias e artefatos funerários, oferecendo novos informações sobre aquela época.
Distinção entre classes sociais
Entre as descobertas, estão múmias de famílias enterradas juntas, caixões, ânforas decoradas com desenhos de folhas de videira e oferendas. Algumas tumbas apresentam uma entrada com pátio aberto cercado por paredes de tijolos de barro, enquanto outras são esculpidas diretamente na rocha da montanha. Segundo Patrizia Piacentini, professora de Egiptologia e arqueologia da Universidade de Milão, na Itália, isso indica uma distinção entre as classes sociais dos habitantes de Aswan.
De acordo com Ayman Ashmawy, do Conselho de Antiguidades do Egito, estudos preliminares indicam que que entre 30% a 40% das múmias encontradas nas tumbas pertenciam a crianças de até dois anos e recém-nascidos. As análises sugerem que muitas das pessoas sepultadas ali sofreram de doenças infecciosas, anemia, desnutrição, doenças pulmonares, tuberculose e osteoporose. As escavações também revelaram antigas lâmpadas a óleo que possivelmente foram deixadas por parentes dos mortos.
Em entrevista ao Live Science, Piacentini classificou a descoberta como "excepcional" e "muito promissora". Situada às margens do Nilo, Aswan abrigava um importante porto por onde passavam navios que faziam a rota comercial entre o norte da África e a região subtropical do continente. A missão continuará trabalhando no local para desvendar mais informações sobre esse importante sítio arqueológico.