Assassinato de PC Farias permanece misterioso após 24 anos
Por Thiago Gomide do Tá na História.
Parceria HISTORY e Ta Na História
Fernando Collor de Melo foi do céu ao inferno em dois anos. De candidato vitorioso em uma eleição disputadíssima, de homem que estampava a ideia de caçador de marajás a acusado daquilo que ele prometia ser o antídoto.
Em outubro de 1991, o então presidente da Petrobras, Luís Otávio Motta Veiga, pediu demissão e mandou na lata que não aceitaria fazer transações ilícitas com o dinheiro da empresa. Saiu acusando PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor à presidência, de exigir isso.
Pouco tempo depois chegaria uma bomba ainda maior: Pedro Collor, irmão do presidente, deu uma entrevista contando mil e uma maracutaias do Fernando Collor e apontando PC Farias como testa de ferro. Era o famoso “esquema PC”.
Uma CPI foi instaurada na câmara e um ex-motorista de Collor deu com a língua nos dentes. Eriberto falou que PC trabalhava junto do presidente. Uma secretária de uma empresa de PC Farias foi na mesma linha.
Em setembro de 1992, o processo de cassação foi aberto e Collor afastado.
Nós sabemos que Collor renunciou, ficou inelegível por 8 anos, mas e o PC Farias?
No primeiro momento, ele fugiu do país. Passou pelo Paraguai, Argentina, se vestiu de príncipe árabe na Inglaterra e acabou detido na Tailândia. Foi identificado por um turista.
PC ficou preso em Alagoas e fez da cadeia a extensão das suas mordomias. Tinha ar condicionado, tinha frigobar, tinha cama boa, televisão bacana...
Quem frequentou esse cantinho em Maceió foi Suzana Marcolino. Ela foi apresentada lá por uma amiga em comum. PC estava recentemente viúvo.
Eles se apaixonaram.
Quando PC Farias conseguiu a liberdade provisória, logo assumiu o romance com Suzana. Tudo parecia estar bem até a madrugada do dia 22 para o dia 23 de junho de 1996...
Quer saber os detalhes desse misterioso crime que acabou de completar 24 anos? O Tá na História conta pra você. Aperte o play e saiba mais.
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Wikimedia Commons