"Atlântida Maia": arqueólogos exploram ruínas de cidade submersa na Guatemala
Entre os anos 400 a.C. e 250 d.C., uma ilha no lago de Atitlán, na Guatemala, abrigou uma cidade da civilização maia. O assentamento, onde havia templos, casas e praças afundou devido a uma possível erupção vulcânica, se tornando uma espécie de "Atlântida" da América Central. Agora, pesquisadores acabam de explorar as ruínas subaquáticas do local, que só foram encontradas na segunda metade da década de 1990.
Ruínas submersas
A preservação da cidade submersa é considerada vital não só pela importância histórica de suas ruínas, mas também porque o local tem caráter sagrado para as comunidades indígenas da região. O novo estudo foi conduzido pelo departamento de arqueologia subaquática do Instituto Nacional de Antropologia e História do México. A expedição, que reuniu uma equipe internacional de especialistas, teve como objetivo dar visibilidade ao local por meio de tecnologias virtuais e não invasivas.
Os pesquisadores realizaram mergulhos para fazer um levantamento detalhado das ruínas submersas, ampliando os dados coletados em anos anteriores por arqueólogos guatemaltecos. As informações serão usadas para criar modelos fotogramétricos e preparar passeios virtuais que aproximem as ruínas da comunidade local e dos turistas.
Segundo o INAH, o estudo permitiu localizar edifícios, monumentos e estruturas da cidade, que está submersa a cerca de 20 metros de profundidade. “A missão possibilitou lançar as bases para recomendar a criação de um centro cultural onde as pessoas possam conhecer e percorrer o local por meio de reconstruções digitais”, disse Helena Barba Meinecke, chefe da Subdiretoria de Arqueologia Subaquática da instituição.