Inicio

Beijo na boca é coisa do passado: estudo aponta que a prática tem 4.500 anos

Relatos mais antigos sobre esse costume foram encontrados em textos escritos na antiga Mesopotâmia
Por History Channel Brasil em 20 de Maio de 2023 às 12:25 HS
Beijo na boca é coisa do passado: estudo aponta que a prática tem 4.500 anos-0

Beijo na boca é coisa do passado? Um novo estudo publicado na revista Science aponta que sim. Segundo os pesquisadores, as evidências mais antigas dessa prática têm 4.500 anos e remontam à Mesopotâmia. 

Origens do beijo

Pesquisas anteriores haviam levantado a hipótese de que o beijo labial humano se originou na Índia, há 3.500 anos. De lá, o costume teria se espalhado para outras regiões, acelerando a propagação do vírus herpes simplex 1. Mas novas descobertas indicam a prática é pelo menos mil anos mais antiga. 

Relevo babilônico retratando casal se beijando
Relevo babilônico retratando casal se beijando (Imagem: Museu Britânico (CC BY-NC-SA 4.0))

“Na antiga Mesopotâmia, que é o nome das primeiras culturas humanas que existiam entre os rios Eufrates e Tigre, nos atuais Iraque e Síria, as pessoas escreviam em escrita cuneiforme em tabuletas de argila. Muitos milhares delas sobreviveram até hoje e contêm exemplos claros de que o beijo era considerado parte da intimidade romântica nos tempos antigos, assim como poderia fazer parte das amizades e das relações familiares”, afirmou Troels Pank Arbøll, pesquisador da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, e um dos autores do estudo.

Datando de cerca de 2500 a.C., esses antigos relatos de beijos descrevem uma série de incidentes curiosos. Um desses textos, escrito há cerca de 3.800 anos, traz o caso de uma mulher casada que “quase foi desencaminhada por um beijo de outro homem”. Outro relato da mesma época descreve “uma mulher solteira jurando evitar beijos e relações sexuais relações com um homem específico”.

Segundo os pesquisadores, a prática é um aspecto em comum que temos com primatas de outras espécies. “Na verdade, pesquisas sobre bonobos e chimpanzés, os parentes vivos mais próximos dos humanos, mostraram que ambas as espécies se beijam, o que pode sugerir que a prática do beijo é um comportamento fundamental nos humanos, explicando por que pode ser encontrado em diferentes culturas”, disse Sophie Lund Rasmussen, coautora do estudo. 

Fontes
Universidade de Copenhagen e IFLScience
Imagens
iStock