Bruxas de Vardø: o trágico julgamento que condenou 77 mulheres a morrer na fogueira
Uma tempestade na véspera de Natal de 1617 mudou para sempre a história de Vardø, uma pequena vila de pescadores norueguesa. A forte chuva causou a morte de 40 homens que haviam saído para pescar. Pouco depois, mulheres da cidade foram apontadas como bruxas e acusadas de terem provocado a catástrofe.
Capital das Bruxas
Antes de ficar conhecida como "a Capital das Bruxas", Vardø era uma ilha tranquila. Enquanto os homens viviam da pesca e traziam comida para suas famílias, as mulheres ficavam em casa cuidando de crianças e idosos. Mas então veio a tempestade trágica.
A primeira mulher apontada como bruxa após a tragédia foi Else Knutsdatter. Testemunhas disseram que ela havia sido vista andando com demônios "em forma de gatos pretos e cachorros".
Sob tortura, Else confessou que ela e suas cúmplices provocaram a tempestade por meio de feitiçaria. Uma outra moradora da vila, chamada Kirsti Sørensdatter, foi denunciada como a líder das bruxas. Tanto Else quanto Kirsti acabaram mortas na fogueira.
Entre 1621 e 1663, houve 150 julgamentos de bruxas no local em Vardø . Ao todo, 91 pessoas (77 mulheres e 14 homens) acabaram condenadas à morte na fogueira. Em 2011, a Rainha Sonja da Noruega inaugurou um monumento dedicado às vítimas mortas sob acusação de bruxaria.
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Fontes: The Guardian e Infobae
Imagens: Istock e Domínio Público/Reprodução