China registra casos de peste, doença que dizimou milhões de pessoas na Idade Média
Duas pessoas foram diagnosticadas na China com a peste, doença que provocou milhões de mortes na Idade Média. A enfermidade é causada pela bactéria Yersinia pestis e pode surgir em três formas: infecção pulmonar, conhecida como peste pneumônica; infecção no sangue, conhecida como peste septicêmica; e afetando os gânglios linfáticos, chamada de peste bubônica. Esta última é a mais conhecida, responsável pela morte de 60% da população da Europa na era medieval.
De acordo com os especialistas, os dois casos registrados são de peste pneumônica, considerada ainda mais grave do que a peste bubônica. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a peste geralmente se espalha para os humanos por meio de contato com animais infectados ou através da picada de pulgas hospedeiras de animais infectados. No entanto, no caso de peste pneumônica, ela pode se espalhar quando uma pessoa contaminada tosse. A doença é altamente contagiosa e pode matar caso o paciente não seja tratado rapidamente com antibióticos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Comissão de Saúde da China está monitorando os casos. O órgão implementou ações para conter e tratar os casos identificados. Em 2014, em outro caso da peste, 151 pessoas ficaram em quarentena na cidade chinesa de Yumen, depois da morte de um homem infectado pela doença.
Nos últimos anos, surtos da doença acontecem esporadicamente nas regiões rurais dos Estados Unidos, África, Ásia e América do Sul. A OMS relatou 3.248 casos e 584 mortes por peste em todo o mundo entre 2010 e 2015. Em 2017, Madagascar teve um surto de peste, com 2.348 casos e 202 mortes, dos quais 1.791 casos foram de peste pneumônica.
Fonte: The Guardian
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