A ciência analisa por que os árbitros erram
A semana passada foi de duelos futebolísticos – como Barcelona X Bayern de Munique e Real Madrid X Juventus pela Liga dos Campeões da UEFA; e Boca Juniors X River Plate, São Paulo X Cruzeiro, Corinthians X Guarani pela Copa Libertadores da América. Como sempre, aconteceram lances polêmicos (a partida entre River e Boca acabou sendo suspensa, mas por outros motivos). Por isso, apresentamos algumas conclusões recentes da ciência sobre o funcionamento do cérebro de um árbitro enquanto apita uma partida:
Decisões rápidas: Os árbitros têm que correr tanto (ou até mais que) quanto os jogadores para não perderem nenhuma jogada. Por isso, precisam tomar decisões rápidas e as mais acertadas possíveis, forçando o cérebro a recorrer a verdadeiros atalhos do pensamento, que, cientificamente, são chamados de heurísticos. No entanto, esse sistema apresenta distorções sistemáticas.
O grito da torcida: Conseguir distinguir entre poucos centímetros, antes ou depois da linha, para cobrar uma falta ou um pênalti, nem sempre com a melhor perspectiva para avaliá-los, significa que, em muitos casos, essa decisão pode acabar se adequando ao que pede a torcida.
Mais faltas se o jogador é mais alto: A altura mais elevada de um jogador influi nas decisões do árbitro, que, segundo as estatísticas, costuma penalizar mais os jogadores de maior estatura. Em comparação a um jogador com estatura menor, por efeito de uma associação intuitiva, o juiz tende a ponderar o mais alto como mais agressivo.
Cor da camisa: De acordo com estudos acadêmicos, os árbitros são influenciados por uma noção popularmente generalizada na cultura ocidental, que costuma julgar as cores mais escuras como mais agressivas e dominantes. Por isso, estatisticamente, são marcadas mais faltas contra as equipes com cores de uniformes mais escuras.
Futebol preto e branco: A mesma noção popular e ocidental é aplicada nos jogadores, segundo vários estudos psicológicos, que demonstraram estatisticamente como uma equipe que veste cores escuras joga de forma mais agressiva do que quando está de cores claras.
Além dos árbitros, a ciência também tenta explicar como alguns jogadores conseguem ser extremamente superiores em relação aos outros. Pelé e Maradona são a prova viva da superioridade e habilidade com a bola. Assista ao vídeo abaixo e beja como a ciência analisou ambos os jogadores, cruzando suas habilidadess e chegando à um veredicto de qual foi o melhor:
Fonte: ABC