A ciência da infidelidade
Embora as causas da infidelidade dentro do casamento sejam infinitas, estudos recentes foram capazes de organizá-las em duas categorias simples.
Segundo Pepper Schwartz, professora de sociologia da Universidade de Washington, os infiéis se dividem entre o que não estão satisfeitos com o seu relacionamento e os que estão. No primeiro grupo, encontra-se a grande maioria dos casamentos, nos quais os integrantes decidem permanecer juntos por motivos mais relacionados à conveniência que ao amor: o dinheiro, a casa, os filhos. A tensão que caracteriza esse tipo de relacionamento leva muitos a buscarem o equilíbrio fora da vida conjugal. Mas o que leva à infidelidade os membros do segundo grupo, aqueles que são felizes com seus parceiros?
A resposta de Scwhartz é simples: o tédio. Depois de um longo período juntos, e, apesar de o amor continuar existindo e a vida sexual continuar satisfatória, alguns procuram reaver aquela sensação de novidade, de surpresa e de mistério que caracteriza o começo dos relacionamentos. Uma característica desse tipo de “infiéis” é que eles preferem não se lançar à caça de sua “presa”, mas esperar e se mostrarem disponíveis quando aparece a oportunidade.
Christian Munsch, da Universidade de Connecticut, aponta o dinheiro como outro fator determinante na busca de relacionamentos extramatrimoniais. E as estatísticas revelam uma tendência curiosa: a dependência econômica e a infidelidade andam de mãos dadas. As probabilidades de ser infiel são superiores para os que recebem menos dinheiro do que o parceiro, e isso acontece mais frequentemente com homens. De acordo com Munsch, para eles a infidelidade seria como um mecanismo de defesa, quando sentem sua masculinidade ameaçada.
Fonte: Live Science
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