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Como era a vida íntima dos casais no Antigo Egito

Civilização apresentava semelhanças com culturas modernas no que diz respeito a relacionamentos
Por History Channel Brasil em 24 de Março de 2021 às 19:37 HS
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A vida íntima no Antigo Egito era surpreendentemente "moderna". Ao contrário do que popularmente poderia se acreditar, aquela civilização apresentava muitas semelhanças com as culturas contemporâneas no que diz respeito ao amor, casamento e relacionamentos. De acordo com historiadores, os egípcios encaravam a sexualidade sem tabus.

Os egípcios contavam com vários termos em seu vocabulário para se referir à atividade sexual e inclusive vários tipos de eufemismos para se aludir a ela, como “conhecer”, “unir-se com”, “passar uma hora agradável juntos”, “dormir com” ou “se divertir com”. A poesia do Antigo Egito apresenta diferentes aspectos da libido e do romance dessa cultura.

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Também por meio dos poemas egípcios, é possível saber que, se um jovem se apaixonasse e quisesse se casar, deveria conversar com a mãe de sua pretendida para obter a permissão. “Não sabe de meu desejo de abraçá-lo, ou escreveria para minha mãe”. Os poemas também revelam que a paixão, como hoje, tornava difíceis as tarefas cotidianas: “Não me deixa agir com sensatez”.

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Casamento no Antigo Egito

Quanto ao casamento, os antigos egípcios não tinham qualquer tipo de cerimônia. Tudo se resolvia com a mudança da mulher, geralmente, mas não exclusivamente, para a casa do homem. Em alguns casos, a pessoa que se mudava era escoltada por uma procissão como o único festejo de casamento.

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Assim, a maioria dos casamentos não era oficialmente documentada, com exceção dos casais mais ricos, caso em que os contratos pré-matrimoniais eram geralmente elaborados para combinar o que aconteceria com os bens em caso de divórcio. Um caso particular foi o dos casamentos temporários, como o descrito em um documento que diz: “Você estará em minha casa enquanto estiver comigo como esposa a partir de hoje, primeiro dia do terceiro mês da estação do inverno do décimo sexto ano, até o primeiro dia do quarto mês da estação das cheias do ano dezessete".

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Também havia casamentos temporários, que ofereciam a qualquer casal a possibilidade de testar a convivência antes do enlace definitivo. Isso era algo muito importante, segundo descrevem alguns documentos médicos que registram a preocupação dos homens com problemas conjugais, especialmente no âmbito íntimo. Nesses casos, os médicos costumavam prescrever algumas receitas para ajudar a aumentar a paixão no casamento.

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“Pegue a caspa do couro cabeludo de um morto que foi assassinado e sete grãos de cevada enterrados na sepultura de um morto, e junte com dez onças de sementes de maçã. Adicione o sangue de um carrapato de cachorro preto, uma gota de sangue do dedo anular de sua mão esquerda e seu sêmen. Esmague até formar uma massa compacta, coloque em uma taça de vinho... e deixe a mulher beber”, diz uma antiga receita egípcia.

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No entanto, não existiam receitas desse tipo para as esposas, das quais se esperava o celibato, a menos que seu marido quisesse manter relações. Em geral, os casamentos no Antigo Egito terminavam ou pela falta de filhos ou por adultério. Esse último aspecto cabia a homens e mulheres igualmente, e ambos poderiam exigir o divórcio por adultério. Dessa forma, o divórcio não implicava nenhum tipo de estigma social nem para homens nem para mulheres.

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Fonte: La Nación 

Imagens: De Rama e Domínio Público, via Wikimedia Commons