Como foi o carnaval de 1888, o ano da abolição?
Por Thiago Gomide do Tá na História
Parceria HISTORY e Tá Na História
Pense em um carnaval lotado. Político. Agitado. Animado.
As ruas do centro do Rio de Janeiro estavam tomadas por diferentes grupos, que aproveitavam o festejo para expor reinvindicações e expressar culturas marginalizadas por parte da elite.
No carnaval de 1888, cucumbis, que eram grupos formados por foliões socialmente reconhecidos como negros, desfilavam suas crenças em religiões de matriz africana. Era o candomblé e seus orixás pedindo passagem.
Nas sacadas das casas da rua do ouvidor, o lugar mais chique da então capital, madames e senhores aplaudiam a alegria.
Abolicionistas, como José do Patrocínio, subiam em palanques improvisados para expressarem a necessidade do fim da escravidão. Era mais uma forma de pressionar o Império.
Quer saber mais detalhes desse emblemático carnaval? Clique no play.
Como sabemos, no dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea no Paço Imperial.
A comemoração da assinatura pareceu um carnaval fora de época.
***
O vídeo é curto, mas as bibliografias utilizadas na pesquisa e indicadas nos segundos finais trazem outros detalhes enriquecedores.
Se gostou, aproveite e se inscreva no canal. Há muitas outros fatos e personagens importantes da história.
Se quiser indicar uma história incrível, me manda e-mail no [email protected]
Até semana que vem.
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.