Como Os Cavaleiros do Zodiaco nos ensinaram mitologia
A série, baseada em um mangá japonês, completará três décadas, em outubro. E com ela toda uma geração aprendeu quem foi Atena, Pégaso, Poseidon...
Em 1 de setembro de 1994, a extinta TV Manchete via sua audiência subir com o lançamento da badalada série japonesa “Os Cavaleiros do Zodíaco”, ou CDZ para os íntimos. No Japão, a série foi ao ar pela primeira vez em 11 de outubro de 1986.
Baseada nos mangás japoneses, a animação fez a cabeça de crianças e adultos. Além disso, deu lições sobre mitologia. No CDZ, criação de Masami Kurumada, deuses e animais mitológicos usam seres humanos para alcançar seus objetivos.
Assim, Atena, Hades, Poseidon e cia usam seus poderes para fortalecer os seres humanos que os defendem. Os defensores de Atena, os bonzinhos da história, são órfãos, que, após receberem um árduo treinamento, lutam contra as demais forças e suas encarnações que desejam dominar o mundo.
Pégaso
Pégaso, ou Seiya, é o protagonista. O órfão representa o cavalo alado da mitologia, símbolo da imortalidade. É o rapaz quem vai até o Santuário na Grécia para obter uma armadura de bronze usada pelos 88 guerreiros de Atena, os tais Cavaleiros.
No início, revoltado da vida pelo fato de ter se separado da irmã, ele resiste ao seu destino como Cavaleiro e se recusa a participar das competições como um cavalo indomado. Com o tempo, ele passa a aceitar melhor sua sina.
Atena
Na mitologia, Atena é a filha predileta de Zeus, deusa da sabedoria, das artes, da justiça e da habilidade; era também profética e queria defender o Olimpo. Não se dava muito bem com seu meio-irmão Ares, o deus da guerra.
Na série, Atena é enviada à Terra a cada 200 anos para colocar a humanidade nos eixos. No tempo dos CDZ, a jovem Saori Kido descobre ser a encarnação da deusa Atena durante um torneio.
Hades é o inimigo eterno de Atena na série e também encarna em humanos de tempos em tempos. No momento da história, encarna no órfão Shun, que resiste bravamente a esse destino por causa de sua determinação em defender Atena. Na mitologia, Hades era o deus grego que governava o mundo subterrâneo, ou Inferno. Era tido como o senhor da morte e julgava as almas das pessoas para decidir se mereciam recompensas ou castigos.
Fênix
Se na mitologia Fênix é um pássaro que tem a habilidade de renascer das próprias cinzas, em CDZ o personagem Ikki possui uma armadura indestrutível, capaz de ser reconstruída mesmo quando transformada em poeira. Além disso, o personagem também passa por uma transformação que se encaixa bem na metáfora do renascimento: no início, era egoísta e mesquinho, mas com o desenrolar dos acontecimentos, aprende a lição e se torna uma pessoa melhor.
Shiriyu
Encarnar o Dragão - figura presente em mitologias do mundo inteiro como símbolo de força e sabedoria - cabe a Shiriyu, que conserva a maturidade e sabedoria que a figura mitológica representa. Por isso, ele é considerado o cérebro do grupo.
Andrômeda era filha dos reis do Reino Fenício da Etiópia. Por causa de uma maldição de Poseidon, seu pai foi obrigado a oferecê-la como sacrifício para que um monstro marinho não destruísse o reino. Ela foi acorrentada em um rochedo e, não fosse a ajuda de Perseu, que a libertou, ela teria virado comida de peixe.
Na série, é encarnada pelo jovem Shun, que odeia violência e prefere apanhar a abater seus adversários, além de só usar seus poderes quando necessário. Mas é seu irmão mais velho, Ikki, quem faz o maior sacrifício: prevendo a fragilidade do irmão, o Cavaleiro de Fênix se oferece para ir para a Ilha da Rainha da Morte no lugar de Shun.
Cavaleiro de Cisne
Outro animal que possui simbolismo em diversas culturas, o cisne representa a elegância, a nobreza e a coragem. Na série, o Cavaleiro de Cisne se chama Hyoga. Ele mergulha diversas vezes num mar congelado, na tentativa de ver sua mãe, que morreu no naufrágio de um navio. Ele treina incansavelmente para alcançar seu objetivo.
Fonte: Monografia A mitologia grega no mangá Saint Seiya - Cavaleiros do Zodíaco
Imagem: enchanted_fairy/Shutterstock.com