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Condessa Báthory: a maior serial killer de todos os tempos

Por History Channel Brasil em 17 de Agosto de 2016 às 09:16 HS
Condessa Báthory: a maior serial killer de todos os tempos-0

A vida da condessa Elizabeth Báthory de Ecsed, nascida na Transilvânia, inspira histórias de terror desde o século XVI.

A lenda conta que ela bebia o sangue de suas vítimas e banhava-se nele, em uma espécie de ritual para manter a juventude. É difícil separar a lenda da história e suspeita-se que a própria história tenha sido mal contata.

O fato é que a condessa Báthory nasceu em 1560, em Byrbathor, uma cidade situada na Transilvânia, na atual Hungria, “o país mais selvagem da Europa feudal”, segundo a escritora francesa Valentine Penrose, autora do livro "A Condessa Sangrenta". Um país selvagem e dividido, com uma parte ocupada pelos turcos e a outra nas mãos dos austríacos. Além disso, a região vivia também a guerra religiosa entre católicos e protestantes.

A condessa pertencia a uma das famílias protestantes mais abastadas e poderosas do país. Era sobrinha de Istvan Báthory, príncipe da Transilvânia e rei da Polônia entre 1575 e 1686. Passou a infância no castelo dos Ecsed, o ramo mais extravagante dos Báthory, repleto de membros loucos, em virtude dos casamentos consanguíneos.

É neste cenário caótico, onde os nobres eram “donos” de seus servos e podiam torturá-los e matá-los como quisessem, que Elizabeth cresceu. Casou-se aos 15 anos, mas seu marido vivia mais na guerra que em casa e a condessa assumiu com “mão de ferro” o comando das propriedades da família.

Há controversas sobre quando Elizabeth teria iniciado seus crimes. Alguns historiadores dizem que mesmo antes do casamento, outros relatam que seu marido foi um de seus instrutores na arte da tortura e assassinatos e, há também, os que contam que a série de mortes se intensificou após a viuvez da condessa, aos 40 anos. Cerca de 650 mortes foram atribuídas à Elizabeth.

Suas inclinações homossexuais não eram segredo naquela época. Elizabeth atraia jovens camponesas para seu castelo e as submetia a inúmeras torturas até a morte. Entre os relatos estão agulhas cravadas embaixo das unhas, mutilação e banhos gelados em meio à neve até a vítima sucumbir.

Apesar das evidências contra Elizabeth, a influência de sua família a impediu de enfrentar um julgamento. Ela foi presa em dezembro 1609 dentro Castelo Csetje, na atual Eslováquia, e mantida em um quarto emparedado até sua morte, ocorrida cinco anos depois.

Sua história rapidamente se tornou parte do folclore nacional. Apelidada de “A Condessa de Sangue” ou “Condessa Drácula”, Elizabeth é, muitas vezes, comparada com Vlad III, o Empalador da Valáquia, a quem o conde fictício Drácula é parcialmente baseado.

Até a história pode ser lenda
Pertencente a uma das famílias mais poderosas da Hungria, em que não faltavam cardeais e príncipes, a condessa viu-se numa situação peculiar e difícil após a morte do marido.

Mulher, viúva e sozinha à frente de um importante condado, mas sem um exército próprio para defendê-lo e com o seu irmão Gabor, príncipe da Transilvânia, em guerra contra os alemães, Elizabeth era uma peça vulnerável no xadrez de intrigas da Europa central.

Foi um pastor protestante local que pôs a circular a história de que a condessa praticava bruxaria, uma acusação característica da época. Nunca saberemos, no entanto, se a condessa era uma serial killer, uma bruxa ou apenas uma viúva vítima de disputas por terras no século XVI.


Fonte: superinteressante.pt e wikipedia
Imagem: Domínio público