Conheça a história de Wang Fuman, o garoto que chega congelado à escola
Apesar de sempre chegar à escola nas mesmas condições, o garoto não costuma faltar, contou a professora.
A foto de um menino chinês com os cabelos encrustados de gelo e as bochechas vermelhas de frio chamou a atenção do mundo, primeiro, pela curiosidade, que levou a Internet a batizá-lo de “frost boy” (“garoto de gelo” em inglês); depois, com a revelação da história por trás da imagem, pela dura jornada que a criança enfrenta todos os dias de casa até a escola.
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Wang tem recebido ofertas de ajuda de diversos lugares, mas sua história é tão dramática quanto comum em zonas rurais da China e de muitos outros países, como o Brasil.
Abandonado pela mãe e há meses sem ver o pai, que trabalha em outra cidade, Wang vive com a avó e uma irmã mais velha no povoado de Zhaotong, na zona rural da província de Yunnan, no sul da China. Eles fazem parte dos cerca de 43,3 milhões de moradores rurais que vivem abaixo da linha da pobreza no país, cujas famílias ganham menos de 2.300 yuans (R$ 1.100) por ano. Somando-se os moradores das áreas urbanas, são 82,49 milhões de chineses em situação financeira semelhante, cerca de 6% da população, de 1,379 bilhão. No Brasil, que tem 207,7 milhões de habitantes, um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza.
Posicionando-se sobre a repercussão da foto de Wang, o presidente chinês, Xi Jinping, que assumiu o cargo em 2012, prometeu erradicar a pobreza nas zonas rurais do país até 2020. Wang, que, segundo o diretor da escola, é um dos melhores alunos em matemática, também faz planos para o futuro: "Eu quero ser um policial para lutar contra os bandidos", disse ao jornal The Paper, de Xangai.