Coroa usada por Elizabeth II em jantar com Trump simboliza proteção contra o mal
Durante um jantar com Donald Trump em Londres, Elizabeth II, rainha da Inglaterra, usou uma bela coroa de rubis. Observadores mais atentos notaram que trata-se da Tiara de Rubi Birmanesa, acessório que simboliza a proteção contra más vibrações. Teria sido uma indireta ao presidente dos Estados Unidos?
A coroa foi encomendada pela rainha em 1973. A peça foi confeccionada com rubis que ela havia recebido do povo de Burma (atualmente Myanmar) como presente pelo seu casamento com o príncipe Phillip, em 1947. Segundo a tradição do país, essas pedras servem para proteger contra o mal e a doença.
Segundo especialistas, os 96 rubis colocados na tiara "representam o número de doenças que o povo birmanês acredita que podem afligir o corpo humano". Também é possível que a rainha tenha usado a peça para chamar a atenção sobre a situação dos direitos humanos em Myanmar. Mais de 900 mil refugiados da etnia Rohingya, grupo de maioria muçulmana, fugiram da violência militar em Myanmar para Bangladesh, onde vivem de forma precária em um dos maiores campos de refugiados do mundo.
O Palácio de Buckinham não se manifestou a respeito da escolha da peça pela rainha. Ella Kay, especialista nas joias da Coroa Britânica, não acredita que Elizabeth II tenha usado o acessório para alfinetar Trump. "A rainha não está nesse negócio para causar polêmica. Seu reinado de seis décadas foi voltado para evitar controvérsia o máximo possível", disse ela à revista "Town & Country".
Fontes: O Globo e Business Insider
Imagem: Shealah Craighead/Casa Branca/Domínio Público, via Flickr