Curandeiras da Antiguidade: as primeiras feministas
Desde os primórdios da humanidade, muitas mulheres se dedicaram às artes da saúde. Curandeiras, feiticeiras, especialistas em plantas medicinais, parteiras e aborteiras abundam nos registros da Antiguidade. Nos primeiros anos do Cristianismo, havia, inclusive, mulheres médicas.
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Quando foi estabelecido o culto católico na Europa, as curandeiras passaram a ser vistas com maus olhos e o exercício da medicina se tornou uma especialidade reservada a homens com estudos superiores.
Durante a Idade Média, muitas dessas mulheres foram perseguidas, torturadas e assassinadas, acusadas de serem bruxas e se dedicarem a artes obscuras. A verdade é que essa virada repressiva está relacionada às necessidades econômicas dos homens poderosos da época, que, por um lado, temiam a proliferação dessas mulheres emancipadas e independentes do poder clerical e, por outro, precisavam fortalecer a ideia de uma feminilidade voltada ao cuidado da família e à reprodução.
Apesar da perseguição sangrenta à qual estiveram expostas, muitas curandeiras conseguiram transmitir sua sabedoria e criar uma corrente clandestina responsável por proteger as antigas artes mágicas.
Fonte: Super Curioso
Imagem: John William Waterhouse via Wikipedia Commons