"Descoberta do século": tumba da rainha Nefertiti pode ter sido encontrada no Egito
Zahi Hawass, célebre egiptólogo e ex-ministro de Antiguidades do Egito, afirmou que está conduzindo uma série de escavações em torno do templo de Mina Habu, em Luxor, e que fez uma descoberta sem precedentes, que seria anunciada ainda neste mês. Especula-se que ele tenha encontrado a tumba da rainha egípcia Nefertiti. Caso a descoberta seja confirmada, seria “a maior descoberta do século XXI”, segundo o pesquisador.
Em entrevista ao jornal britânico Express, Naunton declarou que provavelmente Hawass encontrou o local no qual descansam os restos da esposa do faraó Aquenáton. “Parece que algo já foi descoberto, mas não está pronto para ser revelado. O melhor cenário possível seria obviamente a descoberta da tumba de Nefertiti”, afirmou.
“Digamos que (a tumba) esteja intacta, ou quase intacta - nesse cenário, teríamos muito a aprender sobre uma das figuras mais fascinantes e intrigantes da história", disse. Mas ele também levanta a hipótese de que “a tumba pode estar sem acabamento, decoração, violada ou com grandes danos". Naunton diz que mesmo que não se trate da tumba da rainha, a nova descoberta pode ser interessante.
Aquenáton e Nefertiti
Zahi Hawass confirmou ao jornal Egypt Daily News que está trabalhando na região ocidental do Vale dos Reis, não somente para procurar a tumba de Nefertiti, mas também para aprofundar a pesquisa na tumba do faraó Ramsés II. “Anteriormente, havíamos descoberto a pirâmide desta rainha, em 2010, mas neste ano encontramos seu templo e (a inscrição de) seu nome. Também encontramos importantes artefatos do Império Novo na mesma área, como múmias e sarcófagos. Ao redor também encontramos estelas, modelos de barcos e cerâmica”, comentou o egiptólogo.
“Essa é realmente uma descoberta importante, que nos dirá muito sobre o culto do faraó Teti, o primeiro rei da Sexta Dinastia do Reino Antigo, que governou o Egito há mais de 4.300 anos”, acrescentou. “Por meio do uso de análises de DNA e tomografias computadorizadas, provamos pela primeira vez que o faraó Tutancâmon era o filho de Aquenáton, e não Amenófis III, e que a rainha Tiye era sua avó”.
“Agora procuramos as múmias da rainha Nefertiti e de sua filha Anquesenamom, por meio do uso de tecnologias e análises de DNA. Isso se soma ao uso de evidências científicas que definitivamente provarão a causa da morta de Tutancâmon”, concluiu Zahi Hawass.
Fontes: Express e Egypt Daily News
Imagen: Shutterstock.com e Neoclassicism Enthusiast, via Wikimedia Commons