Encontrados destroços de navio romano do século II que afundou carregado de vinho

Os destroços de um navio romano do século II a.C. foram encontrados no fundo do Mar Meditarrêneo. De acordo com os pesquisadores, a embarcação naufragou quando transportava um carregamento de vinho. A descoberta foi feita no litoral de Palermo, na região da Sicília, na Itália.
Comércio de vinho na antiguidade
A embarcação foi localizada a uma profundidade de 92 metros, perto da localidade de Isola delle Femmine. Autoridades da Sicília afirmaram que trata-se de uma das mais importantes descobertas arqueológicas dos últimos anos. Imagens feitas com a ajuda de um robô submarino mostram que junto aos destroços há diversas ânforas (jarros usados para armazenar vinho).
De acordo com os arqueólogos, a produção de vinho se estabeleceu na Sicília desde a era proto-histórica. Mas foi com a consolidação de Roma no cenário político e econômico do Mediterrâneo que o comércio da bebida se tornou uma das atividades mais lucrativas e difundidas da antiguidade. Os romanos negociavam o vinho e outros produtos com comerciantes do norte da África, Espanha, França e Oriente Médio.
“O Mediterrâneo continua a oferecer elementos preciosos para a reconstrução de nossa história ligada ao comércio marítimo, os tipos de embarcações e transporte", disse Valeria Li Vigni, superintendente do mar da região da Sicília. Segundo ela, a descoberta irá ajudar a entender melhor como era o cotidiano a bordo dos navios, além de esclarecer as relações entre as populações costeiras.
VER MAIS
- Navio militar é encontrado em cidade submersa egípcia no Mar Mediterrâneo
- Pesquisadores encontram na Grécia navio romano que naufragou na época de Cristo
- Navio naufragado mais antigo mundo é encontrado no Mar Negro
Fontes: The Guardian e La Stampa
Imagem: Superintendência do Mar da Região da Sicília/Reprodução