Erupção do Vesúvio: tragédia causou 20 mil mortes em Pompeia e Herculano
Um dos maiores desastres naturais da história aconteceu em 79 d.C, quando as cidades romanas de Pompeia e Herculano foram destruídas pela erupção do Vesúvio. O vulcão espalhou cinzas, rochas e vapores vulcânicos pelos ares. A lava que escorreu pela montanha chegou a atingir 500°C, deixando um rastro de morte e destruição.
Erupção do Vesúvio
Quando o Monte Vesúvio explodiu, expeliu uma nuvem com formato de cogumelo de 10 quilômetros de cinzas e pedra-pomes para a estratosfera. Ao longo das 12 horas que se passaram, cinzas vulcânicas e uma chuva de pedras-pomes caíram sobre Pompeia, obrigando seus moradores a fugirem aterrorizados. Cerca de 2 mil pessoas ficaram na cidade, escondidas em porões ou estruturas de pedra, esperando pelo fim da erupção.
Um vento que vinha do oeste protegeu Herculano da fase inicial da erupção, mas, em seguida, uma gigantesca nuvem de cinzas flamejantes e gás subiu pelo flanco ocidental do Vesúvio, atingindo a cidade e provocando queimaduras ou asfixia em quem permaneceu. Esta nuvem letal foi seguida de uma enxurrada de lama e rocha vulcânica, que enterrou a cidade.
Cerca de 20 mil pessoas morreram na tragédia. Por muito tempo acreditou-se que as vítimas tivessem morrido asfixiadas por gases, mas recentemente foi descoberto que eles foram vítimas das altas temperaturas provocadas pelo vulcão. Um fluxo de rochas e cinzas fez telhados e paredes desabarem, o que acabou por enterrar os mortos.
No século XVIII, uma perfuração de um poço revelou uma estátua de mármore em Herculano. O governo local iniciou escavações e encontrou outros objetos de arte valiosos, mas o projeto foi abandonado em seguida. Em 1748, um fazendeiro encontrou vestígios de Pompeia sob a sua vinha. Desde então, as escavações nunca mais pararam.
Corpos petrificados de Pompeia
Ao contrário do que muita gente imagina, as vítimas não ficaram petrificadas pela erupção. Na verdade, os corpos foram cobertos por cinzas vulcânicas, que se solidificaram ao redor deles. À medida que a carne, órgãos internos e roupas decompunham-se, restava no lugar um espaço vazio. Esse "oco" criou uma impressão negativa exata da forma dos cadáveres na hora da morte. No século XIX, o arqueólogo Giuseppe Fiorelli desenvolveu uma técnica para preencher esse espaço com gesso, criando moldes perfeitos das vítimas.
O sítio arqueológico de Pompeia continua a ser uma das maiores fontes de tesouros históricos remanescentes do Império Romano. Todos os anos, novas descobertas importantes são feitas em escavações no local. Até mesmo a data da tragédia está sendo revista devido aos novos achados. Baseado em um estudo recente, pesquisadores supõem que a erupção aconteceu em 24 de outubro de 79 d.C., e não em 24 de agosto, como se pensava anteriormente.
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Imagens: Carlo Sanquirico, via Wikimedia Commons, Karl Bryullov (1799–1852), via Wikimedia Commons e Parque Arqueológico de Pompeia/Divulgação