Escavações no Iraque revelam impressionante figura alada com mais de 2.700 anos
Uma escavação arqueológica recente no Iraque resultou na redescoberta de uma escultura com mais de 2.700 anos de antiguidade, representando uma divindade assíria alada. A estátua, de tamanho monumental, tem quase quatro metros de altura e pesa 18 toneladas. Ela foi esculpida em alabastro de gesso e representa uma divindade chamada lamassu, que possui uma cabeça humana, corpo de touro e asas.
Mitologia assíria
A escultura foi encontrada nas ruínas da antiga cidade mesopotâmica de Khursbad. Segundo o arqueólogo francês Pascal Butterlin, que liderou a expedição, na mitologia assíria, o lamassu "era um dos monstros que foi dominado e domesticado" e costumava ser colocado na entrada de cidades importantes para sua proteção. "Nunca na minha vida eu tinha desenterrado algo tão grande. Normalmente peças desse tamanho só são encontradas no Egito ou no Camboja", disse ele.
O lamassu foi originalmente encontrado em 1992 por uma equipe arqueológica iraquiana. No entanto, a sua cabeça foi roubada em 1995, mas foi recuperada mais tarde e guardada no Museu Iraquiano. O corpo da estátua foi posteriormente enterrado novamente para ser protegido de danos durante a Guerra do Golfo. A ação provavelmente salvou a estátua, já que grande parte de Khursbad foi destruída pelo Isis em 2015.
A escultura foi erigida durante o reinado do rei Sargão II, que governou entre os anos 722 e 705 a.C. e fundou uma nova dinastia no Império Assírio. A estátua tinha o propósito de proteger a antiga cidade de Khursbad, que ficava a cerca de 15 quilômetros da atual Mosul, no norte do Iraque. A cultura assíria se originou na antiga Mesopotâmia, e seu auge ocorreu por volta do segundo milênio a.C. na região que hoje abrange o Iraque, a Síria e a Turquia.