Esqueletos de três gerações de guerreiras são encontrados em cova milenar na Rússia
Arqueólogos encontraram os restos mortais de quatro guerreiras na região de Voronezh, no oeste da Rússia. Acredita-se que as mulheres tenham sido enterradas há cerca de 2500 anos. Junto dos restos mortais estavam armas (como facas e pontas de flechas), ornamentos sofisticados (como braceletes e tiaras), além de um espelho.
Segundo os especialistas, as mulheres pertenciam à tribo nômade dos Citas, que migrou da Ásia Central para a Rússia Meridional. A descoberta indica que elas serviram de base para as antigas lendas a respeito das guerreiras amazonas, que remontam à Idade do Bronze. Ainda não se sabe se essas guerreiras formavam exércitos independentes dos homens ou se elas defendiam acampamentos enquanto guerreiros lutavam em outras terras.
A variedade das idades das guerreiras encontradas chamou a atenção dos especialistas. Estima-se que a mais jovem tivesse 12 ou 13 anos e a mais velha entre 45 e 50 anos. As outras mulheres estavam nas faixas dos 20 e 35 anos. A descoberta foi feita por uma equipe liderada por V.I. Gulyaev, do Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências.
Os especialistas acreditam que as mulheres foram enterradas juntas. Uma delas foi sepultada de pernas abertas, como se estivesse cavalgando. A mulher mais velha usava um ornamento cerimonial dourado na cabeça chamado calathos. A peça apresenta gravuras em forma de flores e espirais. Foi a primeira vez que um objeto desses foi encontrado em um crânio.
Recentemente, os restos mortais de outra "guerreira amazona" foram encontrados na Armênia. Os especialistas descobriram que a mulher possuía uma estrutura física semelhante a de pessoas que se submetem a intensos treinamentos. As evidências sugerem que ela provavelmente era uma arqueira treinada acostumada a puxar as fortes cordas de um arco.
Fonte: Haaretz
Imagens: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências/archeolog.ru/Reprodução