Estudo revela que misteriosas múmias egípcias milenares não eram humanas
Duas pequenas múmias egípcias foram recentemente estudadas por pesquisadores em Israel. Inicialmente acreditava-se que havia restos mortais humanos enrolados pelas faixas milenares. Mas os resultados dos exames de tomografia computadorizada realizados no Hospital Rambam, em Haifa, revelaram algo diferente.
Os cientistas descobriram que as "múmias", na verdade, não eram humanas. Uma delas estava cheia de barro e grãos. A outra continha os restos mortais incompletos de um pássaro (possivelmente um falcão).
Há cerca de 50 anos as múmias estavam em um sarcófago que faz parte da coleção do Museu Marítimo Nacional, em Haifa. Mas, há algum tempo pesquisadores começaram a duvidar que dentro delas realmente houvesse restos humanos. Os arquivos da instituição indicavam que tratava-se de corações mumificados, mas os atuais curadores do museu achavam que isso não fazia sentido. Isso porque geralmente os corações não eram retirados dos mortos para serem mumificados separadamente.
Mas qual o significado das múmias falsas? Ron Hillel, do Museu de Haifa, explicou que uma delas é o que se conhece como "múmia de grãos" ou "múmia de milho". O artefato estudado pelos pesquisadores foi moldado à semelhança de Osíris, deus do além-túmulo, da vida e da vegetação. Já o pássaro mumificado seria uma referência ao deus Hórus, representado por um falcão. Agora os pesquisadores querem determinar a idade dos artefatos. Estima-se que eles tenham mais de dois mil anos.
While doctors and researchers at #Rambam are often found creating the future of medicine, #collaboration with Israel's National Maritime Museum provides an opportunity to discover the past by examining two #Egyptian #mummies using a CT. #history #Israelhttps://t.co/zs2QUg2UiW pic.twitter.com/QhUt28OR2i
— RambamHCC (@RambamHCC) July 8, 2020
Fonte: Live Science
Imagem: Museu Marítimo Nacional/Reprodução