Estudo sugere que o Drácula da vida real pode ter sido vegano

Um estudo recente sugeriu que Vlad Tepes, o Empalador (1431-76), o príncipe cruel no qual o Conde Drácula foi baseado, chorava lágrimas de sangue. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão ao analisar "biomoléculas históricas" encontrados em cartas escritas por ele. Agora, com base nas mesmas análises, os cientistas dizem que o nobre romeno poderia ser vegano.

Vlad, o Vegano?

Para o estudo, os pesquisadores extraíram sangue, suor, impressões digitais e saliva de uma carta escrita por Vlad em 1475. Usando uma técnica chamada espectrometria eles analisaram proteínas contidas nesse material. Os resultados, publicados no periódico científico ACS Analytical Chemistry, apontaram a ausência de proteínas alimentares de origem animal.

“As proteínas alimentares (nas cartas) são encontradas apenas em alimentos vegetais”, disse Gleb Zilberstein, coautor do estudo, em entrevista ao jornal The Times. “O protótipo do vampiro pode ter sido vegano”, completou. Segundo o pesquisador, a decisão de adotar uma dieta a base de vegetais pode ter sido mais uma questão de necessidade do que de vontade.

"No século XV, a Europa tinha um clima muito frio… e havia muito pouca comida", disse Zilberstein. "De acordo com bioarqueólogos, os aristocratas de toda a Europa tinham uma dieta muito escassa e muitas vezes não se comia carne", explicou.

Nascido na Transilvânia, Vlad ganhou fama de maligno devido ao seu método favorito de executar os inimigos, empalando-os em estacas. Acredita-se que ele tenha matado centenas de milhares de vítimas. Sua reputação de sádico e torturador atravessou os séculos e inspirou o escritor Bram Stoker a criar o personagem-título de Drácula, romance publicado em 1897.