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Evidências da destruição de Jerusalém pelos romanos são encontradas em Israel

Os achados datam do ano 70 d.C., quando a cidade foi sitiada e o Segundo Templo foi destruído
Por History Channel Brasil em 05 de Agosto de 2023 às 15:52 HS
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Escavações em Israel revelaram evidências de quando os romanos destruíram Jerusalém no ano 70 d.C. Os achados datam da época da Primeira Guerra Romano-Judaica (ou Grande Revolta), iniciada em 66 d.C., quando os judeus se revoltaram contra a opressão do Império Romano e ocuparam a cidade. Quatro anos depois, os romanos recuperaram Jerusalém, causando uma grande destruição.

Destruição do Segundo Templo

Durante as escavações, os arqueólogos encontraram restos de edifícios que desabaram ao longo da "Estrada dos Peregrinos" (a rua principal de Jerusalém durante o período do Segundo Templo). Dentro de uma das estruturas, eles descobriram restos de carvão de vigas de madeira queimadas da época da destruição, fragmentos de vasos de pedra decorados usados ​​pelos habitantes da cidade, um peso de pedra, um cadinho para derreter metal e uma tigela de bronze. Além disso, foi encontrada uma moeda do segundo ano da Grande Revolta, com a inscrição "Pela liberdade de Sião".

O cerco de Jerusalém foi o evento decisivo da Grande Revolta, quando o exército romano, liderado pelo futuro imperador Tito, sitiou a cidade, que servia como centro da resistência rebelde judaica na província romana da Judeia. Após um cerco de cinco meses, os romanos queimaram a cidade e destruíram o Segundo Templo Judaico. Segundo um comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel, as evidências encontradas agora "servem como testemunhos tangíveis dos últimos dias de Jerusalém antes de sua destruição".

"Todas essas descobertas juntas pintam um quadro da vida das pessoas que viviam em Jerusalém pouco antes da destruição. Voltar à cidade depois de dois mil anos e redescobrir os restos da destruição, especialmente em uma escavação que ocorreu pouco antes de Tisha B' Av (data do calendário judaico que lembra a destruição do Primeiro e do Segundo Templo), é uma experiência muito comovente que não nos pode deixar indiferentes", disseram Shlomo Greenberg e Rikki Zalut Har-Tuv, diretores de escavação da Autoridade de Antiguidades de Israel.

Fontes
Autoridade de Antiguidades de Israel
Imagens
Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação