Homem de Tollund: o incrível corpo de 2400 anos encontrado bem preservado na Dinamarca
Em 1950, moradores de Tollund, na Dinamarca, fizeram uma descoberta impressionante. Em um brejo, eles encontraram o corpo bem preservado de um homem e chamaram a polícia. Inicialmente, acreditava-se que ele tivesse sido vítima de um crime recente, mas análises posteriores revelaram que os restos mortais tinham cerca de 2400 anos.
Homem de Tollund e as múmias do pântano
O corpo logo ficou conhecido como "Homem de Tollund". Enterrado sob 2,5 metros de turfa (material orgânico resultante da decomposição de musgo), o cadáver estava em posição fetal. Ele usava um gorro de pele pontiagudo de pele de carneiro e lã e um cinto de couro liso em volta da cintura. Além disso, ele tinha uma corda amarrada em volta do pescoço.
Ao longo dos anos, estudos descobriram que o homem morreu entre os anos 405 a.C. e 380 a.C., no início da Idade do Ferro dinamarquesa. Ele tinha entre 30 e 40 anos quando foi morto em um possível sacrifício ritual humano. Segundo os pesquisadores, ele foi enforcado e colocado em posição fetal em um poço de turfa.
De acordo com pesquisadores, o bom estado de conservação do Homem de Tollund é resultado de um fenômeno que produz as "múmias do pântano" no norte da Europa. Trata-se de corpos humanos preservados em brejos onde há a presença de sphagnum (um tipo de musgo). Esses locais são caracterizados pelas águas extremamente ácidas e com baixos níveis de oxigênio.
Esses fatores, somados às baixas temperaturas da região, auxiliam na conservação dos tecidos e demais partes dos corpos das pessoas que lá foram deixadas. Nessas condições, os cadáveres também adquirem uma coloração escura. Atualmente, o Homem de Tollund está exposto no Museu Silkeborg, embora só a cabeça seja original, pois o resto do corpo se decompôs após a autópsia e foi substituído por uma réplica.