Jesus teria sido casado e pai de dois filhos, alegam tradutores de suposto evangelho “perdido” de mais de mil anos
Um suposto Evangelho “perdido”, recentemente traduzido por pesquisadores, afirma que Jesus foi realmente casado com Maria Madalena e, além disso, teria tido dois filhos com ela. O documento com a suposta revelação foi encontrado na Biblioteca Britânica e escrito há mais de mil anos em aramaico. O professor de estudos religiosos da Universidade de York, em Toronto, Barrie Wilsion, e o escritor e produtor de vídeos especializado em história antiga e pesquisas arqueológicas Simcha Jacobovici são os responsáveis pela polêmica investigação. A Igreja da Inglaterra rejeitou as alegações, dizendo que essa teoria está mais próxima da ficção narrada no livro Código Da Vinci do que de relatos históricos.
Teólogos e pesquisadores têm especulado sobre o assunto durante séculos, mas o tema se tornou conhecido com o lançamento do polêmico livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, que avançou na hipótese de que Jesus teria casado com Maria MadalenaO professor Wilson disse, em seu site, que ele encontrou o "antigo manuscrito siríaco escondido no Museu Britânico, que data do século VI, mas que foi traduzido muito antes do grego." Ele acrescentou que "estudiosos tinham conhecimento deste documento por quase 200 anos, mas não sabiam o que fazer com ele.”
De acordo com Wilson e Jacobovici, o manuscrito inclui detalhes sobre as conexões políticas de Jesus com o imperador romano Tibério e um de seus generais, Sejano, e diz que houve uma tentativa de assassinato de Jesus treze anos antes de sua execução.
Wilson e Jacobovici não são os primeiros a afirmar que Jesus tinha um relacionamento amoroso com Maria Madalena. Teólogos e pesquisadores têm especulado sobre o assunto durante séculos, mas o tema se tornou conhecido com o lançamento do polêmico livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, que avançou na hipótese de que Jesus teria casado com Maria Madalena, tido um ou mais filhos com ela, e que aquelas crianças ou seus descendentes emigraram para o que é agora o sul da França. Uma vez lá, os filhos se casaram com as famílias nobres que acabaria por dar origem à dinastia merovíngia.
Esta teoria foi mantida por Dan Brown em seu best-seller "O Código Da Vinci", que escreveu que a figura à direita de Jesus na pintura da A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, não é o apóstolo João, mas, na verdade, Maria Madalena.
Fontes: The Sunday Times, Ancient Origens