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Jogo de tabuleiro de 4 mil anos é encontrado por arqueólogos no Oriente Médio

Pesquisadores acreditam que trata-se de uma espécie de antepassado do gamão
Por History Channel Brasil em 25 de Janeiro de 2022 às 15:16 HS
Jogo de tabuleiro de 4 mil anos é encontrado por arqueólogos no Oriente Médio-0

Durante escavações nos desertos de Omã, no Oriente Médio, arqueólogos fizeram uma descoberta rara. Os pesquisadores se depararam com um antigo jogo de tabuleiro feito de pedra. Estima-se que o artefato tenha cerca de quatro mil anos. 

Jogo Real de Ur

O jogo foi encontrado nas ruínas de uma sala na localidade de Ayn Bani Sa'dah, no vale de Qumayrah. De acordo com os pesquisadores, seu tabuleiro apresenta marcas de pelo menos treze quadrados, cada um com um recuo central. Com base em outros jogos similares encontrados em sítios arqueológicos do Oriente Médio, acredita-se que ele seja uma espécie de antepassado do gamão.

Um dos cinco tabuleiros do Jogo Real de Ur encontrados pelo arqueólogo Leonard Woolley em uma necrópole entre 1922 e 1934
Um dos cinco tabuleiros do Jogo Real de Ur encontrados pelo arqueólogo Leonard Woolley em uma necrópole entre 1922 e 1934

"O exemplo mais famoso de um tabuleiro de jogo baseado em um princípio semelhante foi encontrado nas sepulturas de Ur (na Babilônia)", afirmou Piotr Bieliński, arqueólogo da Universidade de Varsóvia, na Polônia. Originário da Mesopotâmia, o Jogo Real de Ur era feito para dois jogadores. Eles jogavam dados para mover as peças ao redor do tabuleiro antes que seu oponente o fizesse. Como nas regras do gamão, os jogadores podiam impedir o progresso do adversário capturando suas peças e devolvendo-as ao início.

Além do jogo de tabuleiro, os arqueólogos também encontraram as ruínas de uma torre dentro de um assentamento da Idade do Bronze, bem como evidências de fundição de cobre. “Isso mostra que nosso assentamento participava do lucrativo comércio de cobre pelo qual Omã era famoso na época", afirmou Bieliński.

 

Fontes
Daily Mail
Imagens
J.Sliwa/Universidade de Varsóvia e Museu Britânico, via Wikimedia Commons