Joker, o robô que deveria limpar Chernobyl e "morreu" em poucos minutos
O robô “Joker”, desenvolvido por cientistas para tarefas táticas da polícia, foi enviado à usina de Chernobyl, na União Soviética, após o terrível acidente que destruiu um reator nuclear em 1986. O uso do equipamento tinha como objetivo ajudar com a tarefa de limpar as grandes quantidades de escombros e dejetos radioativos da área. No entanto, o plano teve um final inesperado: o artefato parou de funcionar em poucos minutos.
Radiação destruiu robô em Chernobyl
A ideia das autoridades soviéticas era de utilizar robôs para retirar material radioativo de um telhado próximo ao reator. Um deles era Joker, caríssimo robô policial desenvolvido pela Alemanha Ocidental. O equipamento havia sido projetado originalmente para resistir a altos níveis de radiação.
Mas os soviéticos haviam informado enganosamente aos alemães que o local onde Joker realizaria seu trabalho estaria contaminado com uma radiação de de 2 mil roentgens. O problema é que, na realidade, a radiação era de mais de 12 mil roentgens. A exposição do robô a essa situação extrema provocou sua destruição imediata.
Após o problema com o Joker, os Lunokhod (rovers lunares que fizeram parte do programa espacial soviético) terminaram de realizar as tarefas de limpeza. Há quem afirme que alguns rovers deveriam ser recondicionados para suportar os níveis de radiação. Finalmente, o o local onde o Joker realizaria o trabalho foi limpo por equipes humanas. Apelidados de "biorrobôs", mais de três mil homens participaram dessa missão arriscada. Eles só podiam ficar 90 segundos no local e tinham que descartar seu uniforme de proteção após uma única utilização. Não há registros oficiais sobre as consequências dessa atividade para a saúde dessas pessoas.
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Fontes: News.com.au e Express
Imagens: Autor desconhecido/Reprodução