Livres e guerreiras: assim eram as mulheres espartanas
A civilização espartana não deixa de nos fascinar por sua organização peculiar, disciplina rigorosa e costumes que diferem bastante dos habituais para a época. Um desses aspectos era a posição que as espartanas ocupavam na sociedade e que pouco se parecia com a de qualquer outra mulher de uma cidade-estado grega.
As espartanas tinham o direito de possuir e administrar bens, chegando a controlar dois quintos da terra. O Estado se preocupava com sua educação: desde pequenas, elas aprendiam a ler, escrever, tocar música e dançar. Elas também recebiam treinamento físico, praticavam esportes e participavam de competições. A força física era uma das questões de maior relevância em Esparta, e, no caso das mulheres, o treinamento as tornava mais flexíveis e resistentes à dor do parto.
Além disso, as espartanas se casavam um pouco mais tarde que as outras mulheres da época (entre os 18 e 20 anos). Antes do matrimônio, elas podiam usar os cabelos longos e soltos e vestir túnicas relativamente curtas, que deixavam seus músculos expostos. Uma vez que se casavam, seus cabelos eram cortados para a noite de núpcias e elas deviam estar, a partir de então, com a cabeça coberta. Também podiam se divorciar sem perder, com isso, sua riqueza nem seus direitos sobre seus filhos.
A principal razão que parece estabelecer uma situação tão diferente entre as espartanas e as outras mulheres dessa época é que os homens de Esparta estavam tão ocupados com o exército que eram elas as responsáveis pela agricultura, logística, economia e manutenção do lar. Sua função mais importante (assim como a guerra para o homem) era a procriação. A espartana tinha a tarefa de parir e criar guerreiros fortes e corajosos, capazes de darem suas vidas pelo bem de Esparta. Qualquer mulher que morresse durante o parto era considerada honrosamente uma heroína.
Fonte: Super Curioso