As misteriosas anomalias das flores espaciais
A sakura, flor símbolo da cultura do Japão, pode ser a prova dos efeitos da radiação do espaço sobre os seres vivos do nosso planeta. Uma grande quantidade de sementes da planta japonesa foi levada para fora da Terra pelo astronauta Koichi Wakata que, em 2009, fez parte de uma missão enviada à Estação Espacial Internacional. Na volta para a Terra, parte das sementes foram levadas a um laboratório e outras foram plantadas em seu lugar de origem. E foi aqui que ocorreu um fato inédito: das sementes que vingaram, as flores brotaram em apenas cinco anos, em vez dos dez anos normais de espera pelo florescimento da sakura. Além disso, a flor originou 30 pétalas no lugar de somente cinco.
Esta alteração no desenvolvimento da planta motivou um novo estudo, realizado por cientistas da Universidade de Tsukuba. Depois de uma análise minuciosa, eles puderam afirmar que estas mudanças resultam da estadia de um ano das sementes no espaço.
O responsável pelo estudo, Tomita-Yokotani, sugeriu que as mutações nas sementes foram produzidas pela intensidade da radiação fora da atmosfera terrestre. Estas mutações seriam a explicação para o fato de que muitas sementes não brotaram e também seriam responsáveis pelas anomalias nas plantas que cresceram. Os pesquisadores acreditam que os resultados da pesquisa ajudarão a compreender melhor os efeitos da radiação nos seres vivos.
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