Misterioso artefato que retrata Alexandre, o Grande é encontrado na Dinamarca
Uma dupla que vasculhava com detectores de metal um terreno na Dinamarca encontrou um misterioso artefato arqueológico. O pequeno objeto de bronze retrata um rosto, que especialistas apontaram como sendo de Alexandre, o Grande (356 a.C - 323 a.C). A descoberta foi feita perto da cidade de Ringsted, na ilha da Zelândia.
Origem enigmática
"Finn e Lars estavam com o detector de metais em um campo perto de Ringsted e arregalaram os olhos quando se deram conta do que haviam encontrado de repente. É minúsculo e absolutamente espetacular: um acessório de bronze com 26-28 mm de diâmetro", diz uma postagem do Museu da Zelândia Ocidental no Facebook. Os pesquisadores acreditam que o objeto seja datado do ano 200 d.C.
Os pesquisadores agora tentam entender o mistério por trás do artefato, cuja função é desconhecida. Uma hipótese é que ele tenha sido produzido por romanos. Apesar de o território conquistado por Roma nunca ter atingido a área ocupada pela moderna Dinamarca, os romanos mantiveram ligações comerciais com os povos germânicos que viveram na região.
Outra hipótese é que o objeto seja de origem germânica. Um artefato parecido foi encontrado anteriormente na Dinamarca, em um local que foi palco de uma batalha entre duas tribos rivais. Mas qual seria o simbolismo de Alexandre, o Grande naquele contexto?
"Muitos governantes subsequentes queriam mostrar uma conexão com a grandeza de Alexandre e utilizavam seu rosto", disse o arqueólogo Freerk Oldenburger, do Museu West Zealand, à TV2 Øst, da Dinamarca. “É possível que eles (tribos germânicas) tenham visto um dos seus próprios deuses (no artefato). Mas na verdade penso que eles sabiam de quem se tratava – o mito de Alexandre era forte na Europa, Ásia e Norte de África”, completou.
Considerado por muitos estudiosos como o maior conquistador da história da humanidade, Alexandre tinha apenas 20 anos quando se tornou rei da Macedônia, após seu pai, Filipe II, ter sido assassinado em 336 a.C. Nos 12 anos seguintes, o jovem ambicioso derrotou todos os impérios rivais que encontrou, incluindo os persas e os egípcios. Ele se proclamou faraó e chegou a ser considerado um deus por seus súditos. Alexandre morreu em 323 a.C., aos 32 anos.