Movimentos antivacina fazem surgir epidemia de sarampo em Nova York
Bill de Blasio, prefeito de Nova York, nos Estados Unidos, decretou estado de emergência sanitária após uma epidemia de sarampo, identificada em outubro passado, ter se tornado a mais grave dos últimos 30 anos. Para enfrentar a situação, foi instituída uma campanha obrigatória de vacinação denominada “Don’t Wait. Vaccinate”, que significa, em tradução livre, “Não Espere. Vacine-se”. A política de obrigatoriedade é incomum na cidade, mas foi o a forma encontrada para evitar os danos causados por movimentos antivacina.
A ação está sendo voltada principalmente para as comunidades judaicas ortodoxas do Brooklyn, onde as taxas de vacinação são baixas. Oxiris Barbot, secretário de saúde da cidade, disse que a maioria dos líderes religiosos da região apoia a vacinação, mas há resistência por parte de algumas pessoas que acreditam que a imunização seja perigosa. "Este surto está sendo alimentado por um pequeno grupo antivacina nesses bairros. Eles têm espalhado informações erradas com base em falsa ciência", disse Barbot.
A prefeitura obrigará os cidadãos não vacinados a se vacinarem e, em caso de resistência, serão aplicadas multas de até mil dólares. A epidemia de sarampo atingiu principalmente os menores de 18 anos não-imunizados.
São 280 nova-iorquinos infectados, de um total de 495 em nível nacional. “É um problema urgente que deve ser abordado de imediato”, declarou o prefeito, que estuda a possibilidade de fechar as escolas ortodoxas caso os alunos não sejam vacinados.
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Fonte: Telegraph
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