Mulher condenada por bruxaria pode ser perdoada após 328 nos EUA
Uma mulher condenada por bruxaria pode ser perdoada pela Justiça após 328 anos nos Estados Unidos. Elizabeth Johnson Jr recebeu a sentença em 1693, durante os julgamentos das bruxas de Salém. A ação para limpar seu nome surgiu por iniciativa de uma turma de estudantes da 8ª série.
Julgamentos das Bruxas de Salém
Vinte pessoas de Salém e cidades vizinhas foram mortas e centenas de outras acusadas durante uma onda de perseguição puritana que começou em 1692. A histeria teve diversas motivações, como superstições, medo de doenças, aversão a forasteiros e inveja entre vizinhos (saiba mais sobre o caso no HistoryCast, o podcast do History). Apesar de ter sido condenada à morte aos 22 anos, Elizabeth não foi enforcada pois confessou ser uma bruxa (os executados se recusaram a assinar uma confissão).
Nas últimas décadas, dezenas de pessoas condenadas nos julgamentos de Salém foram perdoadas nos Estados Unidos. Na maioria dos casos, as injustiças históricas foram reparadas após descendentes das "bruxas" terem entrado com ações na Justiça. Como Elizabeth não teve filhos, seu caso é um dos últimos a serem analisados.
Ao ficarem sabendo da história enquanto estudavam os julgamentos de Salém, alunos da Escola de Ensino Médio North Andover, em Massachusetts, resolveram pressionar a representante do estado no Senado para que Elizabeth fosse perdoada. Assim, a senadora Diana DiZoglio apresentou um projeto para limpar o nome da mulher condenada injustamente. Caso a medida seja aprovada, Elizabeth se tornará a última pessoa condenada por bruxaria a receber o perdão.
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Fontes: The Guardian e New York Times
Imagens: Tompkins Harrison Matteson (1813–1884) e Joseph E. Baker (1837-1914), via Wikimedia Commons