Inicio

Mundo pode viver período de libertinagem sexual e gastança sem limites após a pandemia

Por History Channel Brasil em 19 de Janeiro de 2021 às 12:02 HS
Mundo pode viver período de libertinagem sexual e gastança sem limites após a pandemia-0

Pessoas do mundo todo não veem a hora de chegar ao fim a pandemia de coronavírus. Mas o que acontecerá quando a vida começar a voltar ao normal? O sociólogo e médico Nicholas Christakis, professor da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, prevê que poderá haver profundas mudanças nos hábitos econômicos e sexuais da população.

Christakis analisa os efeitos da pandemia na sociedade em seu novo livro, Apollo's Arrow: the Profound and Enduring Impact of Coronavirus on the Way We Live ("A Flecha de Apolo: o Impacto Profundo e Prolongado do Coronavírus no Modo como Vivemos", em tradução livre). Na obra, ele defende que a humanidade ainda terá de lidar com as consequências sociais, psicológicas e econômicas do vírus por um longo período. Ele acredita que o mundo viverá o período pós-pandemia a partir de 2024. "Se você olhar para o que aconteceu nos últimos 2 mil anos, quando as pandemias acabam, há uma festa. É provável que vejamos algo parecido no século 21", disse ele em entrevista à BBC.

O professor salientou que em períodos de pandemia as pessoas costumam poupar dinheiro e se voltar mais para a religião. Mas ele acredita que tudo isso mudará quando a disseminação da doença for controlada, como aconteceu após o mundo se recuperar do surto de Gripe Espanhola no século passado. "A religiosidade vai diminuir, haverá uma tolerância maior ao risco e as pessoas gastarão o que não puderam gastar. Depois da pandemia, pode vir uma época de libertinagem sexual e gastança desenfreada", afirmou.

Mesmo com o início da vacinação, Christakis acredita que teremos que conviver com máscaras e restrições pelo menos até o fim de 2021. "Pelo menos metade da população deve ser imunizada (para que os benefícios da vacina surtam efeito), e isso levará pelo menos um ano, não vai acontecer mais rápido", disse. "Não creio que estejamos no início do fim desta pandemia. Creio que estamos no fim do princípio", completou.


Fonte: BBC

Imagem: Shutterstock.com