Novas descobertas apontam que Machu Picchu é mais antiga do que se acreditava
Novas evidências apontam que a "cidade perdida" de Machu Picchu, no Peru, foi construída antes do que se imaginava. Pesquisadores chegaram a essa conclusão após análises de radiocarbono feitas em restos mortais de antigos habitantes do local. A descoberta também ajuda a entender melhor o desenvolvimento do Império Inca.
Ocupação de Machu Picchu
Baseado em relatos de colonizadores espanhóis, historiadores acreditavam que Machu Picchu tivesse sido construída por volta do ano 1438. Mas os testes feitos com os restos mortais de 26 indivíduos indicam que o local já era habitado ao menos duas décadas antes do que isso.
"Machu Picchu está entre os sítios arqueológicos mais famosos do mundo, mas até agora as estimativas de sua antiguidade e a duração de sua ocupação eram baseadas em relatos históricos contraditórios escritos por espanhóis no período após a conquista espanhola", disse o arqueólogo e antropólogo Richard Burger, principal autor da pesquisa e professor da Universidade de Yale. “Os resultados sugerem que a discussão sobre o desenvolvimento do Império Inca com base principalmente nos registros coloniais precisa ser revista”, concluiu.
A civilização inca surgiu no século XIII e resistiu até a chegada dos espanhóis à América. Seu último imperador foi Atahualpa, morto pelos conquistadores em 1533. Machu Picchu foi abandonada nessa mesma época e suas ruínas só foram redescobertas em 1911.
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Fontes: Live Science e The Guardian
Imagens: iStock e Wikimedia Commons